quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Matéria no jornal de maior circulação sobre o cine teatro Vitória

Matéria no jornal de maior circulação sobre o cine teatro Vitória na região do Vale do Aço - Museu da memória cinematográfica

27/10/2009 - 00:00:00h Altera o Tamanho da Letra:

Um rico acervo

Museu da Memória Cinematográfica Joaquim Ribeiro Sadi é idealizado em Ipatinga

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Arquivo Pessoal
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Fachada do Cine Império, em 1940

IPATINGA – No próximo dia 5 comemora-se o Dia do Cinema Brasileiro. No Vale do Aço, a sétima arte já ganhou um verdadeiro e rico presente. Trata-se do Museu da Memória Cinematográfica Joaquim Ribeiro Sadi, que há pouco mais de seis meses foi idealizado pelo médico e especialista em saúde pública Guilherme Camara. Bisneto de um apaixonado e fundador de três salas de cinema em Teófilo Otoni, Joaquim Ribeiro Sadi, Guilherme quis continuar o trabalho e homenagear esse projetista de filmes do início do século XX.

A ideia do museu nasceu a partir do projeto de recuperação da memória deste exibidor cinematográfico, considerado um dos mais antigos de Minas Gerais. A partir do resgate da sua memória, Guilherme Camara descobriu inúmeros objetos, cartazes; enfim, um precioso acervo que remetia à história do cinema brasileiro. A fim de organizar esse acervo e permitir o acesso público a esses objetos de memória iniciou-se a criação do museu, local que retrata o universo de lembranças e sensações relacionadas com o cinema.

Assim, nasceu o Museu da Memória Cinematográfica Joaquim Ribeiro Sadi, que tem atuado na preservação da memória do cinema a partir da exposição e exibição das obras cinematográficas. Para constituir um grupo para gerir essas ações foi criado o Instituto Cultural Joaquim Ribeiro Sadi, que serve como braço administrativo do museu. A entidade sem fins lucrativos atua também com a missão de produzir e usufruir da cultura mineira.

Cineclube
Localizado na avenida Itália, 1.848, no bairro Cariru, o museu conta com o patrocínio da Clínica Viver para chegar até o público. “A Memória Cinematográfica está em exibição na clínica; esta é a forma que encontrei para conciliar a arte com a saúde e, assim, mais pessoas poderem visualizar o acervo”, explica Guilherme, que é curador da iniciativa.

Com o interesse de resgatar o papel cultural das salas dos antigos cinemas, o museu também conta com o Cineclube Joaquim Ribeiro Sadi, uma instituição voltada para exibição de filmes - uma forma de manter a tradição familiar de apresentação de filmes. “O espaço geográfico da clínica se transformou em uma galeria com exposições e, também, em sala de exibições”, completa.

História
Neste primeiro ano, o tema abordado é “Direitos Humanos”, e as obras relacionadas ao assunto ganham destaque no museu. Para o próximo ano o “Faroeste” será ressaltado. São diversos cartazes espalhados pelas várias salas, além de publicidades antigas sobre os filmes, quadros e objetos oriundos do século passado.

Mariza Lemos
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Guilherme Camara exibe cartaz do início do século XX
O acervo foi montado a partir da coleção particular de Guilherme, além de itens do Cine Teatro Vitória, Cine Império e Cine Teatro Metrópole, fundados por Joaquim Ribeiro Sadi em Teófilo Otoni. “Visamos, nas próximas exposições, frisar o cinema do Vale do Aço, mas, para isso, precisaremos da contribuição da população”, acrescenta o curador.

Entre os destaques no museu está a polêmica e irreverente atriz Leila Diniz, que assustou a sociedade machista das décadas de 60 e 70 com sua atitude em relação às liberdades para as mulheres. Ela foi símbolo da luta e conquista dos direitos humanos e civis para as mulheres na sociedade brasileira.

O arquiteto Raffaello Berti, um dos fundadores da Escola de Arquitetura da UFMG, também está entre os homenageados, por ter projetado o Cine Teatro Vitória. Entre os diversos trabalhos que executou em Belo Horizonte destacam-se: Prefeitura Municipal (1935), Palácio Arquiepiscopal (1937), Colégio Marconi (1938/41), Colégio Izabela Hendrix (1939 - auditório), sede social do Minas Tênis Clube (1940), Cine Metrópole (1941, demolido), Santa Casa de Misericórdia (1941/46) e Cine México (1943/44), entre outros.

Serviço
“Desde exibidores, bilheteiros, letristas, porteiros e baleiros a artistas, diretores e produtores, todos serão homenageados. O público também poderá rever tecnologias obsoletas, como um projetor sonoro de 1938, de Ouro Preto”, conta Guilherme Camara.

Os interessados em conhecer o Museu da Memória Cinematográfica Joaquim Ribeiro Sadi, no bairro Cariru, precisam agendar visita pelo telefone 3824-6659. Para aqueles que queiram doar objetos ou mesmo emprestá-los para exibição, o telefone para contato é o mesmo do agendamento. Para outras informações, acesse o site www.vidavalorizada.com.br/museucinema.html.

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