terça-feira, 1 de setembro de 2009

Recuperando a memórias de outras salas de cinema. O caso do Cine Brasil de BH






Muito das histórias das antigas salas de exibição são contadas através de projetos de conservação e memória.

Algumas salas públicas até recebem programas de incentivo e apoio cultural para renascerem. Esse é o caso do cine teatro Brasil que tem amplo projeto de recuperação e preservação em andamento.

O novo espaço terá o nome da atual patrocinadora da reforma a V E M mannesmam.

Veja detalhes do site do projeto aqui

Algumas referências do site são interessantes, veja as citações:
Muitos estudiosos abordam a gênese da vida social belo-horizontina e a importância do cinema nesse contexto.

Destacam-se como referências do recorte aqui apresentado as pesquisas de Ataídes Braga, em O Fim das Coisas e de Maria Céres Castro (et. al.) em Folhas do Tempo; imprensa e cotidiano em Belo Horizonte.

Referências para avaliação e utilização em nosso projeto de memória.


Na publicação. O fim das coisas. Belo Horizonte. Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Secretaria Municipal de Cultura, 1995, autor Ataídes Braga.

As práticas sociais, culturais e a comunicação de massa em Belo Horizonte, inclusive o cinema, são analisadas no livro Folhas do Tempo - Imprensa e cotidiano em Belo Horizonte, 1895-1926, de Maria Céres Castro, Paulo Bernardo Vaz et. al. Belo Horizonte: UFMG; Associação Mineira de Imprensa, Prefeitura de Belo Horizonte, 1997.

Todas essas citações ou livros não estão disponibilizados de forma fácil, terei que "garimpar" um jeito de conseguir esse material.


Finalmente, fica a fala final do poeta:

Carlos Drummond de Andrade lamenta o fechamento no poema O Fim das Coisas, de 1928.



"Fechado o Cinema Odeon, na Rua da Bahia.

Fechado para sempre.

Não é possível, minha mocidade

fecha com ele um pouco.

Não amadureci ainda bastante

para aceitar a morte das coisas

que minhas coisas são, sendo de outrem,

e até aplaudi-la, quando for o caso.

(...)


Outra citação creditada ao poeta:

A espera na sala de espera. A matinê com Buck Jones, tombos, tiros, tramas.

A primeira sessão e a segunda sessão da noite. A divina orquestra, mesmo não divina,

costumeira. (...)"

Enfim, pessoas importantes ou não, todos temos lembranças das salas de cinema...

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